Com o olho direito bastante inchado, o ex-campeão mundial dos leves, versão Organização Mundial de Boxe, recebeu o estadao.com.br em sua suíte no sexto andar, nos Estados Unidos. “Só por estar aqui, já sou um vencedor.”
estadao.com.br: Como foi a luta?
Popó: Como esperava. O Diaz não parou um minuto de atacar e me surpreendeu com o jab, que não é sua característica.
Você também sentiu um golpe na linha de cintura?
É, ele pegou forte e me abalou um pouco, diminuindo meu ritmo.
Você acertou bons golpes, mas não teve seqüência para conseguir o nocaute...
O Diaz vem muito para cima. Ele segurou a esquerda o tempo todo, com medo da minha direita. E sempre que eu o acertava, ele vinha para cima e contragolpeava.
Admite que ele foi melhor?
Sem dúvida, foi melhor. Merece o cinturão e deve ficar com ele por muito tempo.
Como foi sua conversa com o Oscar Suarez (treinador) no intervalo do 8º para o 9º assalto?
Ele perguntou como eu estava me sentindo. E eu disse que o Diaz estava me machucando. Então o Oscar falou que ia parar a luta e eu disse que fizesse o que achasse melhor.
E o seu futuro?
Eu não tenho nada a provar. Sou 4 vezes campeão mundial, feito inédito no Brasil. E ainda quero o cinturão do Conselho Mundial de Boxe.
Mas vindo de derrota?
O mundo do boxe me conhece. Não quero mais lutas amistosas. Só aceito combates pelo título. Acho que o vencedor de Erik Morales e David Diaz, em junho, vai me dar esta oportunidade, porque eles sabem do que sou capaz.
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